Estranho-me com a volatilidade da tinta desta caneta, da facilidade com que escorre e traça as linhas dos nossos dias e noites. Reencontro nas palavras a magia que me escapa, que sinto não me pertencer. Troco os indolores sais de prata pelo odor térreo das borras do café, que não ousam mais que prever o passado, que descansam preguiçosamente no tempo.
Arrisco a espreitar só mais uma vez por essa janela, para deixar entrar a luz, a magia da espera, do pensar, até ao derradeiro 'clack'.