
7.22.2009
7.20.2009
7.07.2009
Queres? (No ar, a interrogação vibra como
uma onda invisível.)
Queres? (Pelo silêncio, não sei quem és, não
sei a razão em mim que te deseja.)
Queres? (É quase de manhã e poderíamos
esquecer tudo, fazer as malas, dormir
finalmente.)
Queres? (Uma porta talvez aberta para talvez
um abismo ou um deus.)
Quero. (Já não podemos fugir aos nossos olhos
inimagináveis, incançável é o cansaço.)
Quero. (A luz do quarto continua acesa sobre
a luz da manhã, tornamo-nos artificiais.)
Quero. (Os nossos corpos, claro, sempre os
nossos corpos, sempre apenas os nossos únicos
corpos.)
Quero. (Tarde demais.)
in Gaveta de Papéis - José Luís Peixoto
uma onda invisível.)
Queres? (Pelo silêncio, não sei quem és, não
sei a razão em mim que te deseja.)
Queres? (É quase de manhã e poderíamos
esquecer tudo, fazer as malas, dormir
finalmente.)
Queres? (Uma porta talvez aberta para talvez
um abismo ou um deus.)
Quero. (Já não podemos fugir aos nossos olhos
inimagináveis, incançável é o cansaço.)
Quero. (A luz do quarto continua acesa sobre
a luz da manhã, tornamo-nos artificiais.)
Quero. (Os nossos corpos, claro, sempre os
nossos corpos, sempre apenas os nossos únicos
corpos.)
Quero. (Tarde demais.)
in Gaveta de Papéis - José Luís Peixoto
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